Movimentando a economia
As vendas do e-commerce no Brasil em 2021 devem crescer 26%, atingindo um faturamento de R$ 110 bilhões, mantendo a força do setor e indicando uma consolidação das lojas e dos marketplaces, segundo expectativa da Ebit|Nielsen.
Segundo a análise, o desempenho do e-commerce no ano que vem será impulsionado pelo crescimento do número de consumidores, consolidação de e-commerces locais, fortalecimento dos marketplaces e maturidade logística do setor para agilizar a entrega em busca de eficiência operacional.
A pesquisa, realizada no quarto trimestre com consumidores que compraram online, indicou que 95% dos respondentes pretendem continuar comprando. “Muitos consumidores entraram em 2020 por conta da pandemia e do confinamento e vemos que eles realmente se adaptaram e entraram para ficar”, afirmou a líder de Ebit|Nielsen, Julia Avila.
“O ambiente mais confortável para o consumidor é acompanhado pela maior qualificação e preparo das lojas, seja grandes marketplaces, seja pequenas lojas que tiveram que entrar no ambiente online por conta da pandemia”, explicou Avila.
No entanto, o resultado de 2021 será limitado pela retomada mais gradual da economia, expectativa de aumento da taxa básica de juros e inflação mais alta, ficando abaixo do previsto para este ano, de crescimento de 38% sobre 2019.
Boletim Focus do Banco Central aponta que os principais agentes do mercado financeiro esperam que a atividade econômica se expanda 3% no ano que vem, ainda não capaz de retomar a queda deste ano de cerca de 5%, assim como uma alta nos preços.
“O ano que vem é de incertezas sobre confinamento, vacinação, expansão do vírus, fim do auxílio emergencial e desempregos em níveis elevados. Isso impõe limites a toda economia e o e-commerce não ficará de fora”, afirmou a líder de Ebit|Nielsen. “Mas ele segue em níveis fortes porque é a opção mais viável e confortável para esse ambiente instável e volátil.”
De acordo com os números da Ebit|Nielsen, o resultado de 2021 virá acompanhado de um incremento de 16% no número de pedidos, para 225 milhões, e uma expansão de 9% no valor médio das vendas, para R$ 490.
As categorias que mais se devem destacar nas vendas online, conforme a Ebit|Nielsen, são: Alimentos e Bebidas; Arte e Antiguidade; Bebês e Cia; Casa e Decoração; Construção. “Foram segmentos que se consolidaram neste ano e devem continuar tendo bom desempenho. Todos estão ligados à maior importância que as pessoas dão em construir ambientes mais aconchegantes para se adaptar à nova lógica imposta pela pandemia”, afirmou Avila.
A Ebit|Nielsen também divulgou a expectativa para o Natal deste ano: alta de 30% para R$ 3,38 bilhões em vendas. O período contabilizado é de 10 a 24 de dezembro. Com isso, mantem um ritmo ainda mais forte que o registrado na Black Friday, que cresceu entre 26 e 30 de novembro 26,4%, o melhor desempenho desde 2014.
“Teremos um Natal com vendas relevantes no e-commerce porque o agravamento da pandemia vai fazer com que as pessoas utilizem ainda mais o ambiente online”, explicou a líder de Ebit|Nielsen.