Crescimento do e-commerce

e-commerce segue em expansão no Brasil. No mês de dezembro de 2020, registraram alta de 53,83%, em relação ao mesmo período de 2019. O faturamento, considerando a mesma base comparativa, teve crescimento de 55,74%. Mesmo com uma boa evolução, as vendas registraram queda ao comparar dezembro de 2020 com o mês de novembro. No acumulado do ano, por sua vez, fechou com índice positivo: 73,88%.

Os dados são do índice MCC-ENET, desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (camara-e.net) em parceria com o Neotrust | Movimento Compre & Confie.

“Mesmo com a flexibilização e abertura das lojas do varejo físico para um cenário mais semelhante ao observado antes da pandemia, os dados de dezembro comprovam que as compras online tornaram-se um hábito dos consumidores brasileiros. O forte crescimento das vendas de Natal ajudou para que o resultado consolidado do ano realmente fosse um sucesso para o setor”, afirma André Dias, coordenador do Comitê de Métricas da camara-e.net e Fundador do Neotrust | Compre & Confie.

Seguindo na métrica de vendas, ao observar os dados por região, na comparação entre dezembro de 2020 com o mesmo período de 2019, a composição ficou da seguinte forma: Nordeste (77,63%), Sul (66,22%), Sudeste (48,32%), Centro-Oeste (46,99%) e Norte (39,25%).

Os resultados do acumulado do ano foram: Nordeste (100,34%), Sul (79,22%), Norte (73,24%), Centro-Oeste (72,87%) e Sudeste (68,74%).

Pela primeira vez o faturamento do e-commerce brasileiro ultrapassará a casa dos 100 bilhões de Reais, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A estimativa é que as vendas online irão gerar um volume financeiro de R$ 106 bilhões. A cifra representa um crescimento de 18% sobre o ano anterior.

Os marketplaces, as microempresas e as compras através de smartphones, são os principais fatores que contribuirão para esse resultado, de acordo com a entidade. O tíquete médio segue na faixa de R$ 310 e é estimado uma movimentação de 342 milhões de pedidos, feitos por aproximadamente 68 milhões de consumidores.

De acordo com Mauricio Salvador, presidente da ABComm, até o final do ano haverá cerca de 135 mil lojas virtuais ativas no Brasil, a maioria micro e pequenas empresas (PMEs), que abrirão muitas vagas de empregos nas áreas de marketing digital, logística e tecnologia. A previsão da ABComm é que 37% das transações serão feitas via smartphone e que os marketplaces responderão por 38% de todas as vendas.

Segundo Salvador, “com o câmbio favorável à exportação, há ainda oportunidades para que nossas lojas virtuais brasileiras vendam seus produtos para consumidores estrangeiros”. Outro fator que pode impactar ainda mais positivamente no setor, é a aprovação do Projeto de Lei Complementar 148/2019 (PLP), que trata da Multicanalidade e facilitará a vida dos consumidores, que poderão comprar pela Internet e retirar seus produtos em estabelecimentos comerciais próximos de casa. “Caso esse projeto seja aprovado no primeiro semestre, o crescimento no faturamento será ainda mais expressivo”, diz Salvador.

O PLP 148/2019 de autoria do Deputado Enrico Misasi (PV/SP) está em trâmite no Congresso e já foi aprovado pelas principais comissões, resta aguardar por sua votação.